Revoluções, precisam-se!
Temos um país a rebentar pelas costuras. Tive uma conversa com a minha tia, que é professora há 34 anos. E no sábado vamos estar juntas na manifestação. Porque já não dá para lidar com as medidas tomadas, umas atrás das outras, todas elas injustas, todas elas fascistas. Será normal que, num Estado que se diz democrático, se pergunte a um professor (como forma de avaliação) se “verbaliza o seu descontentamento face às medidas tomadas pelo actual Governo no que concerne a educação” (faço a citação, mas não sei se ipsis verbis). Posso dizer, com consciência tranquila, que não verbalizo. Gesticulo, preferencialmente de forma obscena. Talvez cuspa, de quando em vez. Porque não há palavras que descrevam o que penso destas medidas mal amanhadas, prepotentes e pidescas do actual (des)governo.
O futuro que se avizinha é assustador. Temos um país de jogadores da bola, de trolhas, de mente pequenina. Temos um país de chibos, de hiatos sociais, de empréstimos pelo telefone, de instituições privadas, de cunhas e de recibos verdes. Temos um país sem artes, sem apoios, sem instrução para os novos e sem respeito pelos mais velhos. Temos um país que se vai afogar nos “bons costumes” e na falta de formação.
O que vale é que as claques de futebol vão andando à porrada. Assim, não faltam notícias às 8. As vizinhas têm o que falar e o país adormece uma vez mais na sua própria estupidez. Só que eu não tenho sono nenhum…
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